Olá. Eu sou Vitor Ferreira e trabalho há 25 anos no segmento hospitalar. Sou administrador, e durante a minha carreira, tive a oportunidade de liderar equipes e instituições de referência no Brasil, e acumular experiências em diversos assuntos, que acabaram virando cursos de extensão ou pós-graduação, como, por exemplo: - Definições estratégicas para o segmento hospitalar; - Gestão de Operações Hospitalares; |
- Gerenciamento e Distribuição de Leitos Hospitalares; |
- Gestão de Centro Cirúrgico; |
- Gestão de Serviçoss Ambulatoriais; |
- Gestão do Fluxo do Paciente Hospitalar; |
- Gestão de Contas
Hospitalares; - Estratégias tecnológicas e de inovação para hospitais; Com essa bagagem, me considero qualificado para compartilhar algumas recomendações e opiniões. |
Vivemos um momento intenso, e que decisões erradas podem impactar em muitas vidas.
Não existe solução mágica ou sistema milagroso. A integração harmoniosa dos conhecimentos específicos de médicos, enfermeiros (e outros profissionais de assistência direta ao paciente) e administradores é o caminho para criarmos hospitais que sejam inteligentes, sustentáveis, com boas práticas médicas e processos centrados nas verdadeiras necessidades dos pacientes.
Infelizmente, temos vários problemas no Brasil, e os hospitais em geral possuem um déficit de equipamentos e profissionais...
Os principais problemas do segmento saúde são de gestão e de natureza ética. Os recursos nunca serão suficientes se não discutirmos com seriedade os critérios, prioridades e padrões, de um cenário complexo, e contaminado por diversos conflitos de interesses.
visita ao Command Center da Johns Hopkins |
Excepcionalmente, hoje vivemos um momento triste, de absoluto viés nas instituições hospitalares, e na sociedade, como um todo, onde todo esse conhecimento está sendo colocado à prova.
Neste momento excepcional, em que somos afetados por uma doença ainda pouco conhecida, mas com uma alta velocidade de contaminação, através do nosso ato mais fundamental, que é respirar, infelizmente, mediante a ausência de outras opções, a única orientação eficaz é o isolamento social.
Até encontrarmos uma vacina ou um tratamento efetivo, qualquer exposição desnecessária ao vírus pode resultar em uma contaminação das pessoas próximas, com possibilidade de muito sofrimento, sequelas, e até morte. É um alto preço.
E quando falo isso, não estou desconsiderando ou menosprezando as pessoas cujo sustento depende da circulação nas ruas. Eu já passei pelo desespero da ausência de recursos, e sei como é. Em uma fase da minha vida, perdi carro, fui despejado, e tive que morar de favor, com esposa e 3 filhos. Foi uma angústia e um sofrimento terrível, então, por favor, não precisa me convencer disso, eu sei como é.
Mas, como pai de família que sou, se tiver que escolher entre isso ou entre proteger a minha família de um mal que não possui cura, eu certamente iria esgotar todas as possibilidades até voltar a circular. Talvez o fato de atuar dentro de hospitais e conhecer a realidade que a doença impõe, de já ter estado internado em uma UTI, sejam um viés na minha opinião.
Mas a intenção é apenas poupar as pessoas de um grande sofrimento.
Deixo recomendada, uma boa leitura: |
https://hbrbr.uol.com.br/abordagem-sistemica-para-criar-valor-ao-paciente/
Abraços.
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